... Em sentimentos que envolvem o universo feminino, pois “Não se nasce mulher: torna-se.” (Simone de Beauvoir)
A dualidade de sentimentos que envolvem o Universo Feminino.

São tantos os sentimentos em busca da identidade feminina, cujos contratempos das emoções transbordadas vão do êxtase secreto à cólera explícita...

Esse blog é um espaço aberto acerca de relatos e desabafos relativos as alegrias e tristezas, felicidades e angústias... Sempre objetivando a solidariedade e ajuda ao próximo.

domingo, 28 de abril de 2013

Não se cale...



"O sofrimento em silêncio,causa uma doença silenciosa: A Insanidade Mental !"

Jose Saramago

Prazo de Validade...


"Por que as pessoas insistiam em casar ? Já não aprenderam, observando o mundo, que não funciona muito bem uma organização assim ? Que não é possível aprisionar o desejo e excluir as alternativas para um monogâmico capaz de aniquilar a paixão ?" Andréa Pachá in "A Vida não é Justa"

Como resgatar as intimidades do casamento ?

"O primeiro passo para reconstruir um casamento é eliminar algumas das cicatrizes que se acumularam durante os anos. Pode ser muito doloroso, mas vale a pena. Eu gosto de pensar na metáfora de quando você tem um desvio de septo e não consegue respirar temos que quebrar o nariz para consertá-lo"


"Barreiras são parte natural do processo, mas nunca são agradáveis. Eu sei que sentem como fracassaram, mas sabe vejam onde fracassaram... Eu tenho pacientes que jamais deveriam ter se casado e, vocês não são como eles. Olha mesmo ótimos casamentos têm anos péssimos, tão ruins, mas tão ruins que dá até vontade de desistir. Mas, não desistam. Aguentem firme. Vai ter um dia que olharam para esse momento como prelúdio de uma coisa mais plena e mais rica do que jamais sonharam." (Hope Springs - Um Divã para Dois - Filme)

sábado, 27 de abril de 2013

A desilusão da Frida...


"Nunca pensei em mim mesma e, depois de seis anos, a resposta dele é que a fidelidade é uma virtude burguesa, que só existe para explorar [as pessoas] e para obter lucros econômicos. (…) Sei que fui tão estúpida quanto se pode ser, mas fui sinceramente estúpida. Imagino, ou pelo menos espero, que me recuperarei pouco a pouco. Vou tentar criar vida nova, colocando minha energia em algo que me ajude a superar isto da maneira mais inteligente." Frida Kahlo 

segunda-feira, 22 de abril de 2013

A harmonia da sintonia dos afetos...

“A sincronicidade é uma diferenciação moderna dos conceitos obsoletos de correspondência, simpatia e harmonia. Ela baseia-se, não em pressupostos filosóficos, mas na experiência concreta e na experimentação(...) Parece-me que a sincronicidade é um ato direto de criação que se manifesta no campo do acaso” Jung


Diante da data especial de aniversário, Paula se isola e mergulha no ostracismo de sua caverna emocional. Submersa na tentativa de passar por mais um outono desapercebido, não atende telefonemas evitando as 24 horas daquele dia. No avesso da comemoração por mais um ano de vida, apenas exerce sua frustração de um luto contínuo da desilusão interminável.

As ligações não cessam de lembrá-la que há vida a ser compartilhada com os amigos. Porém, o martírio da melancolia tanto a impossibilita a festejar seu dia mais importante, como também sua voz muda e embargada pela tristeza, jamais permitiria comunicação.

Duas ligações de um amor pretérito são o suficiente para fazê-la jorrar lágrimas de sangue pela dor torturada, desse furto de sentimentos, cujo autor da trágica histórica da vida interrompida a assombrasse como um fantasma.

Naquele dia, ninguém era suficiente para resgatá-la dos infernais triênios de um abril fúnebre que no passado foram reluzentes. A tristeza era tão intensa que na manhã seguinte, Antônio, apareceu como num chamado telepático para presenteá-la com uma caminhada à beira-mar. 

Não era coincidência, nem um simples gesto ao acaso, simplesmente havia a ocorrência simultânea de pensamentos. A sintonia dessa amizade, mesmo que distante foi capaz de atender ao chamado inconsciente de Paula. 

Ambos estavam sincronizados pelo amor e Antônio pôde perceber que a amiga estava sofrendo de solidão. Portanto, mesmo sem ouvir o alô de Paula do outro lado da linha pensava nela e compassivo de sua dor trouxe o sol para comemorar o atraso do dia especial de seu aniversário.

Andaram de mãos dadas pela areia úmida da espuma marinha contemplando a beleza das cores de um lindo dia ameno. Depois, das emoções transbordadas e das lágrimas enxutas, Antônio ainda, cedeu seu colo para o adormecimento de Paula estasiada pela harmonia do seguinte dia especial. 

Essas coincidências demonstram que nada no campo psíquico é por acaso. Tais fenômenos, se manifestam de forma inconsciente e assim, está previsto a sincronicidade pela afetividade e sensibilidade de uma sintonia emocional.


quinta-feira, 11 de abril de 2013

Coleção de afetos...


Pessoas entravam e saíam da minha vida, porém sempre permaneciam em afetos colecionados, eis que na minha solidão mal resolvida, precisava me bastar de amor.

Mulher em transformação...



"Estou na caridade da evolução do meu ser. Quero ser menina, encontro-me mulher... Quero ser mulher, vejo-me menina..." 

Ferreira Gullar


quarta-feira, 10 de abril de 2013

Um amor subtraído... E, ainda furtado me deixara um enorme vazio.

"Estando são de corpo e espírito, deixo a vida antes que a velhice imperdoável me arrebate, um após outro, os prazeres e as alegrias da existência e que me despoje também das forças físicas e intelectuais; antes que paralise a minha energia, que quebre a minha vontade e que me converta numa carga para mim e para os demais. Há anos que prometi a mim mesmo não ultrapassar os setenta; por isso, escolho este momento para me despedir da vida, preparando para a execução da minha decisão uma injeção hipodérmica com ácido cianídrico..." Paul Lafargue



Minha capacidade intelectual havia se desmembrado, não havia mais a concentração necessária para meu ofício. Meu corpo, já sentia as marcas da decrepitude com a falta de energia para um simples caminhar até a esquina. Os dias passavam longos demais, para suportar àquela angústia de ter me tornado um peso morto, sem serventia. 

Impossibilitada de manter o meu próprio sustento, dependia da caridade alheia para continuar vegetando. Não havia tratamento que me desse jeito de melhorar. A depressão havia corroído meu desejo instintivo de sobrevivência e roubara-me a alegria de viver. 

Nada mais valia a pena para um futuro, se tampouco havia presente. Apenas, restava na lembrança momentos inesquecíveis passados, dos quais nunca mais os teria. O fracasso de não saber lidar com as perdas se sobrepunham aos prazerosos instantes que julgamos felicidade. 

O cansaço físico era o sintoma de uma alma torturada, vagando em penosos pensamentos atordoantes que me privavam das alegrias, tão intensas de outrora, cuja existência tornara-se capítulos de uma letra morta. Em que a minha história íntima jazia mofada, esquecida num canto da estante da vida.

Mas, havia um o fruto imanente do amor, um elo permanente que apaziguava toda a minha dor e não havia desistido de mim. Esse fruto do amor passado era a única prova de resistência que me mantinha viva. Embora, as correntes pesadas da escravidão sentimental me prendiam numa vida sem escolhas.