Quando na estrada escura, tateei o espaço sem encontrar tua mão e sem amparo para os tropeços da noite cega, chamei teu nome. Sem resposta, sentei à ermo esperando a claridade chegar. Fantasmas me assombravam, mas não temi pela certeza da tua chegada.
A noite passou longa, fria e faminta. Mas, nunca desesperancei a tua busca em mim, porque quando tu estavas perdido no caminho sinuoso, eu estava lá no teu encalço para te apoiar das topadas que te fizeram cair.
Amanheceu e a estrada se fez luminosa, mas te esperei. Não segui adiante, porque esperava tu me alcançares, mesmo ciente da limitação do teu atraso.
Porém, no entardecer recuei, e saí percorrendo o caminho da volta. Na ânsia em tua busca, me perdi e nunca mais cheguei. Restando, condenada ao eterno desencontro.