... Em sentimentos que envolvem o universo feminino, pois “Não se nasce mulher: torna-se.” (Simone de Beauvoir)
A dualidade de sentimentos que envolvem o Universo Feminino.

São tantos os sentimentos em busca da identidade feminina, cujos contratempos das emoções transbordadas vão do êxtase secreto à cólera explícita...

Esse blog é um espaço aberto acerca de relatos e desabafos relativos as alegrias e tristezas, felicidades e angústias... Sempre objetivando a solidariedade e ajuda ao próximo.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Quase Pronta...



Em meu refúgio quase exilada do tempo.
Observo a passagem quase estática. 
Aproveito a brisa tépida que leva quase a Primavera.
Já se vai quase mais um ano.
Do qual quase não senti passar.
Mas, estou quase pronta.

A diluição familiar....

"Desde então, no bojo de muitas transformações que provocaram efeitos no desenho das famílias atuais, vemos ruir o primado da solidariedade enquanto fundamento social ou como forma de vinculação com o outro. O problema do outro deixa de ser uma questão comum a todos, o que impede que se possa buscar juntos novas soluções possíveis. A fluidez, a instabilidade, o desvinculo tornam muito frágeis as possibilidades e condições de organização social e política – uma descrença que se generaliza cada vez mais, provocando apatia e desencanto. Essas circunstâncias surtirão efeitos sobre a organização
das famílias e dos casais, inscritos em um mundo em transformações tão aceleradas." (Maria Helena R. Junqueira em Configurações Atuais de Família e Casal)




Mãe e filho, não tínhamos mais o conforto de antes e, as dificuldades financeiras provenientes da baixa de padrão vida, após a separação, desencadeou uma vida bem diferente de quando eram uma família estruturada, dentro dos moldes comuns.

Desta forma, para que o filho pudesse usufruir de uma vida social de acordo com sua idade, a mãe teve que se acostumar com a solidão dos finais de semana e abrir mão de uma vida social para lhe proporcionar lazer. 

Não obstante, a mudança sócio-econômica, ainda teve que preencher a função paterna ausente. Talvez, a mais difícil nesse contexto da família mono-parental. Eis que, os diálogos do filho com o pai se tornaram cada vez mais escassos, em virtude da falta de contato. Restando-os apenas pouquíssimo tempo juntos, não superior a três ou quatro horas do domingo. 

A síndrome do filho rejeitado instaura-se, na medida que esse pai substitui o vínculo paterno, pela intrusão de novo relacionamento clandestino ao vínculo familiar. Evitando contudo, a visitação quinzenal normalmente instituída legalmente. 

Contudo, a casa paterna, não se estende ao filho como alternativa de mais um lar familiar. Abrindo-se uma lacuna da identificação do Édipo com o pai, capaz de enfraquecer tal identificação e diluir afetos que resultam em consequências de egoismo e individualismo.

Nesse particular, o filho ainda, foi obrigado a cuidar da mãe, por conta de uma depressão grave, para que ela pudesse cuidar dele. Transformando o seu afeto em temor de mais um abandono emocional, cujo sofrimento pelo estado solitário, o limitou em seus interesses em relacionamentos afetivos.

domingo, 8 de dezembro de 2013

“Tributo aos Malditos"




"Malditos sejam os artistas de alma,
os poetas rebeldes,
os gênios loucos
que aos quais até a morte
se recusa a abraçar.

Malditos sejam!
Seus segredos e até mesmo seus medos,
que em busca tantos outros homens
enlouqueceram tentando desvendar.

Qual o terrivel pecado que cometeram
para tão tamanha maldição.
O assassinato de suas atormentadas almas?”

Magaiver Welington

Não passou.... Não passará....


"...tinha suspirado, tinha beijado o papel devotamente ! Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades, e o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saía delas, como um corpo ressequido que se estira num banho tépido; sentia um acréscimo de estima por si mesma, e parecia-lhe que entrava enfim numa existência superiormente interessante, onde cada hora tinha o seu encanto diferente, cada passo condizia a um êxtase, e a alma se cobria de um luxo radioso de sensações ! 

Ergueu-se de um salto, passou rapidamente um roupão, veio levantar os transparentes da janela... Que linda manhã ! Era um daqueles dias do fim de agosto em que o estio faz uma pausa; há prematuramente, no calor e na luz, uma certa tranqüilidade outonal; o sol cai largo, resplandecente, mas pousa de leve; o ar não tem o embaciado canicular, e o azul muito alto reluz com uma nitidez lavada; respira-se mais livremente; e já se não vê na gente que passa o abatimento mole da calma enfraquecedora. Veio-lhe uma alegria: sentia-se ligeira, tinha dormido a noite de um sono são, contínuo, e todas as agitações, as impaciências dos dias passados pareciam ter-se dissipado naquele repouso. Foi-se ver ao espelho." (Eça de Queiroz, in "Primo Basílio")


Na última das gavetas a ser desfeita, lá estão alguns sentimentos esboçados, em bilhetes e cartas, no amarelado do papel em tom de pergaminho pelos anos passados. Reli-os cada um com olhos lagrimejantes e uma coriza fluida a escorrer das narinas, pelo passado mofado que desbotou uma união viciada. 

Pouquíssimas vezes, amei intensamente, revigorou-me os meus escritos transbordados de amor, embora unilateral. Não importa, sempre tive coragem em despir-me a alma, ora românticos e carinhosos, ora raivosos e coléricos por algum motivo de rejeição.

Cada móvel, contia em suas gavetas objetos dele, sem valor, nem mesmo sentimental, por isso foram deixados para trás. Nenhuma lembrança do passado lhe foi importante, tanto que ele abandou tudo, absolutamente tudo. Até mesmo, suas roupas ficaram a me torturar preenchendo de maneira simbólica o vazio dele deixado.

Não há como esquecer, não quero deixar para trás, todas as lembranças de um amor que doei e muito preencheu meu ser. Embora, esse amor transformara-se em tragédia, foi vivido intensamente nos áureos tempos da paixão.  

Por isso, estará sempre bem guardado, com cuidado nas gavetas da emoção. Assim, quando saudosa daquele romance desfeito, satisfaço-me com minhas lembranças do passado que não me dói, amenizando um presente sofrido e um futuro perdido.


sábado, 7 de dezembro de 2013

Sem empatia ou remorso... Mulheres são vítimas fáceis da desunião do gênero.


"... sem algum remorso, a culpa sempre era da outra fraca e descontrolada, cujas emoções eram transparentes. Aliás, não entendia de emoções, pouco se importava com os outros, bastava atingir seus objetivos. Não sentia medo, que para si era algo superficial. Tanto que, não o associava a alterações corporais, eis que precisava de adrenalina nas veias para viver, mesmo que fosse através da dor alheia. Esportista, se dedicava às atividades mais radiciais, cujo êxtase era repetir regojizante que adorava sentir dores musculares. Era uma das poucas mães que não se preocupava com os filhos, incentivando-os até mesmo em esportes perigosos. Em sua incapacidade emocional, jamais cultivou compaixão e respeito pelos outros. Mas, sua capacidade pontual de raciocínio cognitivo sabia muito bem representar o que Armando precisava. Principalmente, porque era paciente em escutar as reclamações e se moldar aos desejos dele e a campanha era permanente, afastando-o da função paterna. "


Na competição atroz por relacionamentos, mulheres são cada vez mais usadas e descartadas, sendo mais grave ainda, o desrespeito aos sentimentos das outras mulheres que diante do amor são frágeis e pouco conseguem discernir a perversa trama do patriarcado. 

Amantes investem em relacionamentos duradouros, justamente visando assumir o lugar da outra. E, para tal, assumem uma personalidade capaz de agradar e se submeter aos caprichos machistas, tornando-se inimigas das próprias mulheres. 

Com isso, os homens cada vez mais escravizam emocionalmente as mulheres. Utilizando-as como objetos, principalmente na esfera sexual. Dentre muitos casamentos de longa data, assim como há a curva hormonal feminina, há também a curva masculina. 

Mais familiarizadas com a natureza das ebulições hormonais desde a adolescência, chegar ao climatério já não é o bicho-de-sete-cabeças. Envelhecer atualmente, não começa na fase balsaqueana, mulheres de quarenta ou cinquenta continuam plenas em seus projetos. Mas, em compensação, os homens não sabem lidar com isso. 

Triste realidade, quando os homens chegam aos cinquenta e, no temor da perda da virilidade começam os problemas conjugais. O apetite sexual começa a exacerbar as fantasias, as perversões e as cobranças. Se a mulher for atraente e tirar suspiros por aí, a insegurança toma conta da paranoia desejante da infidelidade.

Justamente, àquelas escapadelas aventureiras inofensivas desses homens no decorrer do casamento, agora com a andropausa, são capazes de gerar dúvidas em relação à mulher. Assim, começa o ciúme desmedido que se disfarça de amor, mas que na verdade é apenas um sinal de que não há confiança mais. 

Desta forma, o cinquentão inseguro que fantasia ser traído pela mulher com outro mais viril ou mais bem dotado que ele, então, começa a levar a sério o caso extra-conjugal com a desculpa de que a mulher não o ama mais. Assim, confidencia suas inseguranças, os defeitos da mulher, seus anseios e expectativas. Um prato cheio, para a amante se adequar ao modelo que o convém. 

Desesperada pela estabilidade emocional, se adapta perfeitamente ao molde esperado. Aí, as fantasias sexuais e os elogios inventados são capazes de levantar a auto-estima do cinquentão inseguro. 

Portanto agora, ele se sente o mais viril de todos e se vinga da mulher, abandonando a família, incentivado pela amante que ocupa o lugar que julga ser seu. Bastou para que anos de cumplicidade do casamento caia por terra. 


Decepção com a figura do Pai...

"Cada grão de uma tristeza tem vinte sombras que se parecem com a própria tristeza, mas não a são. 
Pois os olhos da tristeza, embaçados por lágrimas que cegam, partem em muitos o que é inteiro.
Como perspectivas que olhadas de frente mostram apenas confusão e que de viés distinguimos formas, assim vós, doce majestade, olhando de viés a partida de vosso senhor,
Mais que ele vedes formas de tristeza a lastimar -  as quais, se bem-vistas, são apenas sombras do que não são." (A tragédia do rei Ricardo II, Ato II, Cena II. Tradução livre.)

"... um melancólico não tem consciência do que perdeu no objeto perdido. O melancólico não é fundamentalmente o sujeito fixado no objeto perdido, incapaz de realizar o trabalho do luto sobre ele; é antes o sujeito que possui o objeto, mas perdeu seu desejo por ele, porque a causa que o fazia desejar esse objeto se retirou e perdeu sua eficiência. Longe de acentuar ao extremo a situação de desejo frustrado, a melancolia ocorre quando finalmente obtemos o objeto de desejo, mas nos decepcionamos com ele.

Nesse sentido preciso, a melancolia (decepção com todos os objetos positivos, empíricos, nenhum dos quais pode satisfazer nosso desejo) é o início da filosofia. Uma pessoa que, durante toda a sua vida, está acostumada a viver numa certa cidade e é finalmente obrigada a se mudar para outro lugar, sente-se, é claro, entristecida pela perspectiva de ser lançada num ambiente novo - mas o que a deixa triste ? Não é a perspectiva de deixar o lugar que durante anos foi o seu lar, mas o medo muito mais sutil de perder sua afeição por esse lugar. O que me deixa triste é a crescente consciência de que, cedo ou tarde - mais cedo do que estou disposto a admitir -, vou me integrar numa nova comunidade, esquecendo o lugar que agora tanto significa para mim e sendo esquecido por ele. Em suma, o que me deixa triste é a consciência de que perderei meu desejo pelo (que agora é) meu lar.

O status desse objeto-causa de desejo é o de uma anamorfose. Uma parte da imagem que, olhada bem de frente, aparece como um borrão sem sentido, assume os contornos de um objeto conhecido quando mudamos de posição e olhamos a imagem de viés. A ideia de Lacan é ainda mais radical: o objeto-causa de desejo é algo que, visto de frente, não é coisa alguma, apenas um vazio: só adquire os contornos de alguma coisa quando visto de esguelha." (Dificuldade com o Real - Slavoj Zizek in Como Ler Lacan)

Quando o filho quebra a figura paterna que teoricamente seria a lei, no elo familiar, abre-se um vazio. E, é nesse particular que se instala a carência afetiva, da qual em certas etapas da vida faz-se a diferença. Jovens que passam pela ausência repentina do pai por motivo de falecimento; sofrem com a perda fazem o luto, mas os que a perda são decorrência de abandono, separações e não o farão, consequentemente essa decepção com a ida do pai embora trará melancolia. 

Contudo, abre-se uma brecha capaz de aumentar o distanciamento, eis que no estado melancólico esses filhos se isolam em decorrência da decepção com a figura paterna. Importante estar atento para os sinais de alerta, cuja procura em simples telefonema ou convites para alguma atividade já demonstra uma tímida tentativa de aproximação. 

Passado desapercebido tais sinais, por pais que estejam envolvidos em outros projetos, sejam novo casamento ou demanda de trabalho, muitas das vezes esses jovens encontram outras formas de preencher o vazio paterno com álcool ou drogas. 

Assim, como a imagem da lei, ou seja, do pai fora desconstruída, lidar com a realidade da rejeição traz melancolia, os jovens buscam na fantasia evitar a dor. Portanto, esteja atento aos anseios afetivos dos filhos, para evitar prejuízos emocionais irreversíveis. 

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Os Amantes do Café Flore...


1924. Simone de Beauvoir, uma menina distinta e reservada, prepara filosofia de agregação. Mas, sob a sua pequena linha menina, ele esconde um temperamento singular que apenas Jean-Paul Sartre, um estudante talentoso como rebelde consegue adivinhar. Sartre, inspirado por sua vida para construir sua filosofia, fará Simone conhecer seu primeiro amor e o resultado de uma vida rica e dissoluta. Simone de Beauvoir não escapou ilesa. Ela decide sacrificar o amor convencional em favor da construção de sua obra. É assim que ela encontrou inspiração para sua obra principal, O Segundo Sexo ... (Fonte Wikipédia)

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Deixei para atrás minha juventude e fui atrás do amor...

 

A moça não casou
Não teve véu
Nem grinalda

A moça não brindou
Não teve bolo 
Nem champagne 

A moça não dançou
Não teve música 
Nem festa

A moça não viajou
Não teve lua
Nem mel

A moça apenas amou
Sem papel 
Nem anel 

Mas, aonde estava o moço ?



 

sábado, 2 de novembro de 2013

Violência de onde menos esperamos...

"O instinto de amar um objeto demanda a destreza em obtê-lo, e se uma pessoa pensar que não consegue controlar o objeto e se sentir ameaçado por ele, ela age contra ele." Sigmund Freud 



"Onde acaba o amor têm início o poder, a violência e o terror." Carl Gustav Jung


Uma das violências mais comuns e veladas que geram danos emocionais é a violência doméstica. A qual incluem desde a física, sexual, psicológica, moral e patrimonial. 

Júlia apesar de muitos anos casada não se deu conta de todas as violências sofridas, até ser abandonada pelo marido por uma amante, em que também foi cúmplice e conivente de alguns crimes. Muito embora, essas mulheres, conhecidas como amantes, que se envolvem com homens casados tenham a casada, como inimiga, esquecem que também, poderão ser vítimas da mesma violência. 

Contudo, são raríssimos os casos de sucesso nesses relacionamento provindos da infidelidade conjugal. Eis que, tanto esses homens infiéis inconscientemente não creem na lealdade das amantes, como as amantes sempre desconfiarão da fidelidade desses homens, cuja mulher casada fora vítima. 

Neste caso específico, Júlia sempre se manteve fiel e leal ao marido, apesar de constantemente sofrer desconfianças por parte do marido. Aliás, não foi à toa toda a obsessão de ciúmes por parte do parceiro, já que o mesmo sempre a foi infiel e portanto, julgava ser traído também. 

Das violências causadas à Júlia, as sequelas foram devastadoras, a levando à depressão como uma das mais graves, além de outros tantos distúrbios emocionais que a impediram de trabalhar e levar uma vida normal dentro dos padrões sociais. 

Uma das piores violências sofridas para Júlia, antes do rompimento, era a cobrança sistemática de sexo. Não se tratava no caso de uma cobrança normal, muito pelo contrário, esta violência em subjugar a mulher eram desde a frequência exagerada às fantasias de parafilias. 

Considerando, que a violência sexual significa obrigar a vítima a praticar ato sexual sem vontade; como presenciar ou a participar de relação sexual indesejada. Bem como, o agressor se negar ao uso de preservativos. Sendo, esta imposição através de ameaça, chantagem ou manipulação. Júlia sofreu tal violência, sendo ameaçada pela separação, chantageada emocionalmente pela manipulação psicológica por seu marido que além, da grosseria impingida afirmava que iria buscar sexo com outra. 

Assim, Júlia temendo a separação por conta de tais ameaças, aceitava sofrer a violência sexual que incluía atos indesejados. Se prostituindo praticamente com o marido para evitar brigas.  

A violência doméstica não restou somente à sexual, como ainda foi vítima de larga violência psicológica sofrendo desde as atitudes que atingiam sua auto-estima por comentários maldosos de sua aparência. Perseguições e desconfianças infundadas por sua atividade profissional. Injúrias de que a mesma era mentirosa ou acusações de que falava meias-verdades, sempre induzindo que Júlia lhe escondia algo. Além, de humilhações e isolamento quando o marido não a convidava para seus eventos sociais. Inclusive, desconhecendo seus relacionamentos de amizade.

Com a traição do marido, que não ficou na esfera da infidelidade, ultrapassando também a deslealdade com desrespeito ao relacionamento duradouro e familiar, Julia foi vítima da violência patrimonial. Sendo, obrigada por vezes a dispor de suas economias para o marido, recebendo como pagamento cheques sem fundos. Bem como, ter muitas privações econômicas na maior parte dos anos de casamento, como durante e após a separação o marido gastar em viagens constantes com a outra, sem ter proporcionado a mulher tais lazeres, adquirir negócios comerciais, automóvel e apartamento sem prestar contas a mesma.

Dentre todas as violências submetidas, Júlia ainda, foi humilhada e desrespeitada em rede social na internet, com ligações telefônicas pela amante que mantinha um caso com seu marido que foi conivente. Bem como, difamá-la perante conhecidos no âmbito social pela amante e pelo marido. E, ainda aos familiares e filhos. 

A mais evidente de todas violências sofridas, cujo dano emocional gerou depressão, síndrome do pânico e impossibilidade de exercer suas atividades foi o assédio moral praticado por ambos à Júlia. Levando-a tratar-se com psiquiatra e tratamento medicamentoso. 

Desta forma, podemos evidenciar que o silêncio de Júlia e a aceitação dos maus-tratos sofridos, incluindo uma terceira pessoa foi tão desgastante e lesivo que a levou desde a doença de depressão grave a prejuízos financeiros, causando uma baixa considerável em sua situação sócio-econômica. O que talvez, fosse evitado se Júlia tivesse optado desde o início do relacionamento pela separação enquanto era jovem e teria mais facilidade de se recuperar.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Motivos de dor...




Motivos para chorar
Tenho muitos
Que de tanto 
Chego a me afogar
Em meu próprio pranto.

Motivos para sorrir
Nenhum
Levaram todas 
Minhas alegrias.

Porém, por vezes 
Pego-me rindo 
Da minha própria 
Desgraça.

                                                                                                                                        C.Garcy

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

A hora de Virginia...


"Melancólica caminha nua identificada com o corpo do passarinho a se desligar da vida e com os dantescos pedaços de carne crua a se dissolverem em nossas bocas. Virginia não gosta de comer, já trás dentro de si o fastio não digerível da cegueira alheia que aumenta com pão e pedra o buraco, sem fundo, de nossa verdade inexata.

Passeia distante, desatada das mãos que a tocam, avessa de si, pela outra margem da vida.

Seus dedos e seu olhar tocam o vento e as flores e transformam em palavras o que percebe nas águas claras do rio. Há de se ter sabedoria para entender a alma da Mulher, que sem corpo, só com língua, constrói o mundo ao seu redor.

Virginia é muda. Escreve e cria seus personagens dando vazão ao seu olhar comprido. À longa distância percebe, com sua real e vermelha dor, o leito transparente de leite." (As Horas de Stephen Daldry)

O despejo da alma...

"Separações e mudanças são muito difíceis, principalmente quando você é pega de surpresa. Imaginar que alguém escolhido para dividir uma vida íntima, com planos e projetos futuros quebra o contrato do amor é uma decepção, jamais compreendida." C. Garcy



A ordem de despejo vem concretizada pela intimação e logo, começa o pânico de deixar para trás todos àqueles anos de um lar. Aos poucos, a ansiedade toma conta pelas tantas e infinitas visitas para uma nova moradia. Foram se construindo expectativas simbólicas não concluídas. 

Contudo, chega o momento de encaixotar lembranças de um casamento findo. Olho para a casa quase nua e choro pelos momentos vividos, como os momentos futuros interrompidos. A pressa da transportadora não se sensibiliza com a nossa vida ali desmembrada. 

Levo comigo minhas dores e, no desarrumar das caixas repletas de lembranças revejo registros de uma vida compartilhada de sonhos que não se realizaram. As fotografias de momentos felizes, durante nossas comemorações das datas alegres, os bilhetes amarelados das juras de amor eterno, as cartas movidas de paixão numa das brigas de ciúme, as roupas deixadas já mofadas, os desenhos do nosso filho fruto daquela paixão desmedida que me fez jogar para alto outros planos. 

Cada objeto trás uma história, nossos lençóis rotos que insisti em guardá-los como se pudesse detê-lo em nossa cama. Nem mais o cheiro adocicado do perfume misturado ao suor dele restou. Sofro a ter que me desfazer dos nossos laços representado em cada mobiliário da casa, agora enxuta e tão pequena como meu coração atrofiado pelas perdas. 

Sinto uma solidão insuportável e uma estranha na casa ainda desarrumada. Tudo ficou para trás, sem que ele se sensibilizasse com as mudanças. É como se um imenso alívio transbordasse seu âmago. Até a família não existe mais, o desprendimento do vínculo paterno se faz notório, trazendo mais abandono e dor. 

Olho pela tela da varanda e sinto uma angústia incomensurável, como se estive num cárcere pagando por um crime que não cometi. O abandono afetivo, junto com o desamparo me levam a clamar por findar todo o sofrimento que não sou capaz de suportar. 

Estou paralisada numa tristeza difícil de acreditar pela infelicidade que se tornou minha vida. Furtada de todo afeto e compaixão, não existo mais. Apenas, vegeto nesse novo lugar que me entristece no vazio do esquecimento como uma roupa surrada jogada fora. 

Sou uma estranha do meu próprio destino provocado por alguém que não conheço mais. Despejada da alma e esquecida num apartamento de fundos no anonimato de uma relação sem vínculos. Dos quais somente restaram as minhas lembranças.


terça-feira, 1 de outubro de 2013

Nunca diga ao deprimido...



6 coisas que você nunca deve dizer à uma pessoa em depressão

A depressão é uma patologia com consequências muito abrangentes, o que nos leva à necessidade de agir com extrema cautela ao lidar com seus portadores, à fim de não piorar o quadro. É um fato comprovado que aproximadamente 15% da população mundial terá uma depressão forte em algum momento da vida. E essa é uma doença extremamente perigosa, que, em muitos casos, leva inclusive ao suicídio, e não deve ser confundida com uma tristeza momentânea.

O tratamento deve ser sempre administrado por parte de profissionais da área psiquiátrica, mas nada nos impede de colaborar das maneiras que nos são acessíveis, certo? E uma delas seria passar a prestar um pouco mais de atenção nas coisas que, através dos mais diversos meios de comunicação (às vezes um simples bilhete, ou um recado na caixa postal) levamos à mente dessas pessoas.

Por conta disso, o Macaco preparou para você uma lista com 6 coisas que você deve sempre evitar falar para uma pessoa que realmente esteja sofrendo um quadro de depressão. Vale o aprendizado!

6. “POR QUÊ VOCÊ NÃO VAI DAR UMA VOLTA?”

Tá, você realmente acha que o que impede uma pessoa em depressão de ir dar uma volta na rua é o fato de ninguém ter dado essa idéia antes? O problema aqui é que boa parte da depressão se resume na dificuldade de seguir o cotidiano que a pessoa um dia seguiu. Num caso desses, até ir na esquina comprar um pão pode se tornar uma complicação. É aquele negócio, não é que ela não saiba o quão bom é dar uma volta e tomar um ar fresco e uma água de côco assistindo ao pôr-do-sol, é que ela está tendo uma dificuldade absurda de forçar uma interação com o mundo aberto sem, digamos, surtar.

5. “ISSO AÍ TÁ TUDO NA SUA CABEÇA.”

Jura, amigão? Quer um Prêmio Nobel por essa astuta observação? Sendo uma condição mental, além de óbvio, não é muito legal martelar e refrescar a memória do seu amigo quanto à isso.

4. “POR QUÊ VOCÊ NÃO SAI MAIS COM A GENTE, CARA?”

Não se sinta ofendido. Seu amigo está em um momento delicado, e isso não quer dizer que ele esteja planejando te trocar, nem se vingar pelo boneco dos Cavaleiros do Zodíaco que você quebrou há 15 anos atrás. Ele simplesmente não consegue sair de casa, e, no exato momento em que você está tomando uma cervejinha e pensando em como ele tá “vacilando ultimamente”, ele provavelmente está trancado no próprio quarto, deitado, acordado, tentando juntar motivação e vontade para tomar uma ducha e trocar essas roupas que ele vem usando já há uma semana. Não é culpa sua, e pressionar não vai ajudar.

3. “PENSE NAS COISAS BOAS DA VIDA!”

Essa é importante, e muita gente não sabe: só porque uma pessoa foi diagnosticada com depressão, isso não significa que ela não saiba identificar quais sejam as partes boas de sua vida, e muito menos que não estejam gratas por elas. O problema aqui é que, por melhores que essas coisas sejam, elas são como pontos nulos no placar jogo da vida para essas pessoas, por conta de sua condição.

2. “TEM GENTE MUITO PIOR QUE VOCÊ.”

O negócio é que outras pessoas terem problemas não costuma ter implicações severas em nossos problemas individuais. Principalmente quando estamos tratando de uma pessoa que está tendo uma imensa dificuldade em colocar as coisas sob uma perspectiva só e regular suas reações. Na verdade, uma pessoa depressiva ao ouvir isso só vai se sentir culpada por estar tendo um problema psicológico que, por mais que ela se esforce, não consegue controlar. E geralmente isso acaba deixando ela mais pra baixo ainda, então cuidado!

1. “VOCÊ PARECE OUTRA PESSOA.”

É isso. O ápice, o número um, o rei da lista, o top do ranking. Jamais diga isso para um depressivo, pois na verdade, esse é o medo mais intenso preso na garganta dele, e o que você fez foi puxar isso bruscamente para fora. De um modo abrupto, cru e violento. A verdade é que isso não é novidade nenhuma pra quem sofre de depressão. Os próprios convivem com essa incerteza, e o medo de que nunca vão conseguir reverter as transformações que vêm acontecendo ultimamente, e nunca serão “normais” novamente. O medo de que todas as coisas que eles gostavam sobre si mesmos já não fazem mais parte de suas vidas. O medo de que as pessoas não sejam mais tão próximas à eles quanto eram antes. E ao dizer isso, parabéns, você basicamente acaba de confirmar todos esses medos na cara de uma pessoa cujo estado mental está mais caótico do que nunca. Nunca diga isso, dói mais do que você imagina. Fale o que quiser, mas NUNCA use “eu não te reconheço” e seus derivados. Uma pessoa depressiva precisa acreditar que alguém ainda sabe quem ela é. Ela usa isso como uma corda para se segurar e não cair um abismo, coisa que você só entenderia com clareza se sofresse também de um quadro de depressão. E acredite, você não quer isso.

domingo, 29 de setembro de 2013

Em pleno abandono...


"A vivência do abandono e da rejeição é uma das experiências mais deletérias na vida de um ser humano. Não existe nada pior e mais triste do que não sentir-se merecedor do amor, do carinho e da atenção daqueles que nos trazem a esse mundo. Tanto o abandono físico, como o abandono emocional traduzido pela rejeição do que e de quem somos, marca o ser humano pelo resto de sua vida. Os que "sobrevivem" ao vazio emocional que instalou-se no seu coração, seguem através da vida tentando "compensar" e lidar com sua dor das mais diversas maneiras. Os mais resilientes são melhor sucedidos, ao passo que os psicológicamente mais frágeis, tornam o seu viver uma eterna procura de alguém ou algo que preencha o seu vazio existencial. Imaginem o que é a vida de um ser humano que é rejeitado e "abandonado" não só por sua família, mas por toda uma sociedade, privado dos seus mais elementares direitos de ser humano e de cidadão? Você, que é "privilegiado/a" por usufruir de todas as benesses sociais, tente fazer um exercicio: coloque-se no lugar imaginário daqueles e daquelas que não tem nada ou muito pouco desse minimo necessário para simplesmente existir e viver. Espero que sinta-se extremamente mal, abandonado, rejeitado, motivo de piada, solitário e desrespeitado nos seus direitos mais básicos pelos que se consideram "normais". Você poderá, talvez, vislumbrar de muito longe como se sentem as vitimas do preconceito e do estigma que fustiga a nossa sociedade."

Maria Cristina Martins
Psicologia

"Pessoas do Bem" acreditam mais nos outros...


"Há exceções, mas a regra é que as pessoas 'do bem' tendem a ser menos desconfiadas; e, por isso, são objeto de sucessivos abusos e decepções.

Muitas pessoas do bem acreditam que a maior parte das pessoas são legais: são idealistas, ou seja, gostam mais das ideias do que dos fatos.

As pessoas legais não acreditam que uma boa metade da população não é como elas: insistem em avaliar os outros tomando a si como referência !"

Flavio Gikovate

Não é somente ingenuidade, eis que as pessoas "do bem" são movidas por um senso moral e valor ético em saber lidar com a limitação do Outro. Ser tolerante e compassiva, não é sinônimo de idiota. Tanto que quando decepcionadas ou injustiçadas as pessoas "do bem" são capazes de se estourar em cólera e reagir contra uma pessoa "do mal".

Entretanto, as pessoas "do bem" por saber se colocar no lugar dos outros, vêem as outras pessoas com os mesmo princípios morais e éticos, dos quais espera que os outros tenham. E, mesmo, quando se desiludem com atitudes imorais e anti-éticas das pessoas "do mal", não mudam porque têm consciência de que ser bom é estar inserida na sociedade, em busca de melhorias para todos. 

Acreditar nos outros, não é um defeito, mesmo que possa trazer desilusões. Mas, mudar seria se igualar as pessoas desconfiadas e egoístas. 

Não minta para mim...


"A mentira rompe o vínculo afetivo entre as pessoas, mesmo que de modo inconsciente. Esse é o principal motivo pelo qual nunca se deve mentir para uma criança. A confiabilidade é extremamente importante para que sua base emocional seja construída de forma sólida."

 Sylvia Labrunetti

A morte em vida... A vida em morte.




Mataste-me, mas a vida não findou.
O sofrimento me come, em vida.
A dor me dilacera, a vida.

Do chão frio que me jogaste, tu ainda pisa-me ao ir embora.
Dentre as lágrimas correntes do meu pranto, tu não estais mais aqui para enxugá-las. 
De todos os obstáculos quase intransponíveis que me paralisa, tu não me deste a mão. 
Dos meus pulsos que jorra sangue, tu não estais aqui para estancá-lo.

Deste-me a morte viva para viveres morto !

Claudine Garcy

A morte acalma a alma...


"Já me matei faz muito tempo
me matei quando o tempo era escasso
e o que havia entre o tempo e o espaço
era o de sempre
nunca mesmo o sempre passo
morrer faz bem à vista e ao baço
melhora o ritmo do pulso
e clareia a alma
morrer de vez em quando
é a única coisa que me acalma."

Paulo Leminski

Abril despedaçado...

“Ao lado da psicose, definida como a reconstrução de uma realidade alucinatória, e da neurose, resultante de um conflito interno seguido de recalque, a perversão aparece como uma renegação ou um desmentido da castração, com uma fixação na sexualidade infantil”... “a neurose é o negativo da perversão” Freud in "Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade" Obras Completas



Era abril, início de outono, a estação que amenizava a temperatura do verão. Um ar morno, já adentrava pelas janelas, na praça as folhas mortas caiam num bailar suave a espera do frescor antecipando da nova estação. 

Ela sempre rejuvenescia nos abris de outono. Mas, àquele outono trazia um abril despedaçado, em que lhe arrancara não somente as folhas mortas, como todas as vivas reluzentes. 

Como parasita, uma praga impiedosa havia sugado todas as suas energias, num golpe certeiro. E, assim se foram todas as estações, sangrando a seiva pelas entranhas de seu caule e galhos nus. 

Seca e doente, ela necessitava de trato para florescer novamente. Mas, a praga indestrutível que lhe furtara tudo, continuava cada vez mais forte, perdurando imune aos remédios incapazes de acabar com a parasita.

Nossa frondosa e exuberante árvore de outrora, na verdade era a imagem vista por Lara de si mesma. Sendo agora, mirrada e envergada no espelho, por não suportar a impiedosa Sara que lhe arruinara a vida.

dor profunda mergulhada nas profundezas da existência, levara Lara, dias após dias, em suas reflexões e seus pensamentos incapazes de responder aos questionamentos que a torturavam. Jazia solitária, percorrendo todos os acontecimentos pretéritos, mais que imperfeitos, diante das respostas nunca alcançadas. Inconformada com o fulgurante golpe, ela definhava pela tristeza corrosiva que lhe ardia o peito.

Sem forças sólidas para continuar na dúvida do acaso, Lara paralisava-se em quase todos os meios de seguir adiante, extenuada pela incompreensão dos males acometidos, se alimentava da dualidade angustiante em querer-se sucumbir e a culpa pelo sofrimento alheio de quem fica.


Era escrava de seus próprios princípios, que deliravam em pensamentos pelo temor em causar dor a outrem, sem ser imune a dor desfilada daquela que pouco se importava com o sofrimento dela. Certamente, pensa Sara, ela enlouquecera. Ou até mesmo, na perversidade que lhe é peculiar, pensa: Sempre fora louca, por isso não tem jeito, sofra o quanto puder.  


Não há vida possível, diante da melancolia que a perda brutal e inexplicável a causou. O julgamento sumário, leva-a ao calvário da incerteza e a culpa adquirida, de nem sequer saber o porquê fora condenada.


Assim, são os sentimentos das vítimas dos sociopatas que cruzam seus caminhos e, podem devastar o emocional, a tal ponto de arruinar suas vidas. Como jamais, conseguem se colocar no lugar dos outros, eis que desconhecem completamente o afeto. Não sentem, furtam e roubam sem qualquer parcimônia membros da vítima. E, o mais grave ainda, manipulam os outros afins da vítima destruindo toda e qualquer referência emocional construída. 

Não é à toa, que a própria Lara se vê louca e os outros acreditam na loucura plantada por Sara.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Em memória afetiva...



''Sempre que eu dizia 'adeus', você invadia meus livros, meus filmes de domingo, meus seriados prediletos, meus vestidos, meu pulmão e todo lugar aonde eu pudesse sentir a tua presença. Era como tentar ir à frente e algo absurdamente forte me puxar parar trás. Era como tentar sair de um mar revolto com tuas ondas cada vez mais me levando para o fundo do oceano. E, você sabe, eu não sei nadar.'' Hugo Rodrigues

sábado, 14 de setembro de 2013

Que sufoco é esse que dói a alma ?

“Tenho medo de uma tragédia… não sei dizer qual… Quando me dá esse medo parece que tem algo apertando a minha garganta.”

“Sinto uma coisa aqui dentro de mim… não sei explicar. Algo me sufoca, tenho suores e dificuldade de respirar.”

“Antes de vir aqui, fui parar na Emergência… achei que estava tendo um infarto !”

“De vez em quando tenho uma apreensão no peito, uma expectativa de que pode acontecer uma catástrofe.”

“Sinto muita pressão na cabeça, fico desesperada. Em casa dizem que estou ficando maluca.”

“Tenho um aperto no peito ! Às vezes parece que meu peito vai se abrir.” 

“A cabeça dói. Sinto tonturas.”  

“Isso surge de repente, não consigo entender o porquê.” 



As frases transcritas acima, ouvidas na clínica particular e em atendimentos em uma Emergência Psiquiátrica, indicam a presença inexorável de um sofrimento que invade o corpo do sujeito. A angústia é real. Ela conduz muitas pessoas em momentos de crise a procurar ajuda médica em clínicas e hospitais públicos e particulares quando nada parece poder apaziguá-las. Existe, de fato, uma urgência na angústia e por isso a interrogação da paciente – incrédula – que busca uma cura imediata para algo que invade seu corpo.

Nas situações mais extremas – as crises de angústia –, a impressão que se tem é de que somente a intervenção médica, ou seja, a prescrição de remédios, poderá oferecer um alívio para o sofrimento que urge e desespera o sujeito.

Mas, afinal, o que é a angústia?

Sonia Leite in Angústia