“Se eu te amo é que tu és amável. Sou eu que amo, mas tu, tu também estás envolvido, porque há em ti alguma coisa que me faz te amar. É recíproco porque existe um vai-e-vem: o amor que tenho por ti é efeito do retorno da causa do amor que tu és para mim. Portanto, tu não estás aí à toa. Meu amor por ti não é só assunto meu, mas teu também. Meu amor diz alguma coisa de ti que talvez tu mesmo não conheças.” Jacques Alain-Miller
Em plena sintonia de afetos, mantivemos nossos elos desde a tua partida para novos rumos. Nos comunicamos espaçadamente, porém em continuidade. A cada contato, consigo saber exatamente teus pensamentos e como te sentes diante dos desafios da vida escolhida.
Ora, estás ansioso despejando teus desabafos, em que me quedo quase silente na escuta cúmplice em solidariedade. Outras vezes, trocamos diálogos curtos em súplicas de ajuda ou extensas conversas inacabadas na troca filosófica de posicionamentos.
Respeitamos nossos limites, na compassividade dos sentimentos. Quanto menos falamos mais nos aproximamos. É na maturidade que afastamos os fantasmas do passado e selamos a paz. Seguindo tranquilos o inevitável destino.
Assim, compartilhamos o nosso amor em diferentes formas na aliança cúmplice do tempo.
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