"Se não era amor, era da mesma família. Pois sobrou o que sobra dos corações abandonados. A carência. A saudade. A mágoa. Um quase desespero, uma espécie de avião em queda que a gente sabe que vai se estabilizar, só não se sabe se vai ser antes ou depois de se chocar contra o solo."
Martha Medeiros
Em pleno dia das mães no café da manhã ouço: "Mamãe, esse domingo vamos passar juntos. Não irei para casa do meu pai. Pena, que a família não existe mais. Sinto falta da família reunida, mais ainda dos chamegos nas manhãs dos domingos com o papai junto de nós. Do café da manhã preparado por ele para nós e dos almoços juntos. Até da casa cheia com todos da família reunidos... Hoje somos sozinhos e nunca mais seremos uma família."
Com essas palavras embargadas na voz e com os olhos úmidos, Yuri num breve desabafo me abraçou e completou: - Mas, eu tenho uma Mãe !
Um misto de compaixão e de rancor apontou em meu peito. Como amenizar essa dor da perda do núcleo familiar que traz essa falta à Yuri ? Apesar de estar em plena fase universitária, cuja tendência natural é viver uma vida social dentre amigos, filhos precisam da família.
Na tentativa de amenizar esse vazio que angustia Yuri, complementei que por mais que tenha havido o divórcio continuamos uma família. Tendo em vista, que o Pai nunca deixaria de ser seu pai. Sendo que, por enquanto é normal um afastamento, depois tudo ficaria bem e poderíamos voltar a nos aproximar, não como marido e mulher. Mas, como amigos e pais de um filho em comum.
A melhor maneira de preservar segurança e evitar sofrimento aos filhos são as separações amigáveis, em que a estrutura emocional familiar continue com a amizade, cooperação e solidariedade. Assim, estaria preservado esse vínculo tão importante para Yuri.
Importante também, salientar que na idade infantil é necessário um afastamento, para que a criança entenda que houve a ruptura marital entre os pais. Entretanto, nada que impeça a presença do pai nos períodos de visitação e da participação na formação da criança.
Quanto a idade juvenil e adulta dos filhos esse afastamento torna-se desnecessário, uma vez que já há compreensão do divórcio. Então, nada mais saudável que a continuação do núcleo familiar, permanecendo nas festividades e na vida social entre o ex-casal e os filhos. Pois, pais amigos geram mais segurança e acolhimento aos filhos.
Na tentativa de amenizar esse vazio que angustia Yuri, complementei que por mais que tenha havido o divórcio continuamos uma família. Tendo em vista, que o Pai nunca deixaria de ser seu pai. Sendo que, por enquanto é normal um afastamento, depois tudo ficaria bem e poderíamos voltar a nos aproximar, não como marido e mulher. Mas, como amigos e pais de um filho em comum.
A melhor maneira de preservar segurança e evitar sofrimento aos filhos são as separações amigáveis, em que a estrutura emocional familiar continue com a amizade, cooperação e solidariedade. Assim, estaria preservado esse vínculo tão importante para Yuri.
Importante também, salientar que na idade infantil é necessário um afastamento, para que a criança entenda que houve a ruptura marital entre os pais. Entretanto, nada que impeça a presença do pai nos períodos de visitação e da participação na formação da criança.
Quanto a idade juvenil e adulta dos filhos esse afastamento torna-se desnecessário, uma vez que já há compreensão do divórcio. Então, nada mais saudável que a continuação do núcleo familiar, permanecendo nas festividades e na vida social entre o ex-casal e os filhos. Pois, pais amigos geram mais segurança e acolhimento aos filhos.
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