Do meu florido jardim que emanava beleza, perfumando os ares, atraindo borboletas e colibris, restou apenas a visita de mariposas em busca dos cadáveres florais.
Março fechava seu ciclo iniciando uma nova estação, meu pequeno jardim, embora intensamente florido começava a despontar a tristeza, como se solidarizasse com minha solidão.
A chuva batendo forte na varanda ia lavando brotos e botões impedidos de florescer, juntamente com minhas lembranças de outros outonos. Em que, a estação se mantinha forte sem desfolhar-se.
Gotas grossas batucavam agudamente em meu peito àquele abril. Porém, nem todos os outonos foram tão sofridos como os de agora.
A chuva batendo forte na varanda ia lavando brotos e botões impedidos de florescer, juntamente com minhas lembranças de outros outonos. Em que, a estação se mantinha forte sem desfolhar-se.
Gotas grossas batucavam agudamente em meu peito àquele abril. Porém, nem todos os outonos foram tão sofridos como os de agora.
Meus outonos de outrora eram alegres e sempre floresciam com a chegada de abris em brindes esfuziantes. Havia o amor compartilhado, mesmo que às vezes enciumado da quantidade de abraços e beijos distribuídos com o apagar das velas que se somavam à cada ano.
Agora, eu me misturava em prantos com a chuva do meu outono roubado que levaram meus momentos. Restando então, a melancolia latente de alguém de vivia meus sonhos.
Meu abril não resplandecia mais, as flores do meu jardim murchavam sem vida e eu já não rejuvenescia mais. Apenas, amargava o envelhecimento a cada outono.
Parecia mentira, mas meus outonos desde então são floridos para quem me tirou quase tudo deixando somente o meu abril em frangalhos.
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