... Em sentimentos que envolvem o universo feminino, pois “Não se nasce mulher: torna-se.” (Simone de Beauvoir)
A dualidade de sentimentos que envolvem o Universo Feminino.
São tantos os sentimentos em busca da identidade feminina, cujos contratempos das emoções transbordadas vão do êxtase secreto à cólera explícita...
Esse blog é um espaço aberto acerca de relatos e desabafos relativos as alegrias e tristezas, felicidades e angústias... Sempre objetivando a solidariedade e ajuda ao próximo.
domingo, 24 de fevereiro de 2013
Assuma compromisso com a VERDADE ! Já que, a mentira será o eterno calvário....
"Não creia em um homem que tenha carências afetivas de infância e que trata de preenchê-las com a infidelidade, culpando-a, quando o problema não está em você, e sim nele, porque não sabe o que quer da vida, nem quais são suas prioridades.
Por que querer um homem que a abandonará se você não for como ele pretendia, ou se já não é mais útil ? ... GRANDE HOMEM não é aquele que chega no topo. (...) é aquele que não mente, embora às vezes perca por falar a verdade." (Arnaldo Jabor)
Nada justifica a mentira, quando se tem um pacto de uma vida em comum, por mais que a verdade possa ter consequências, assuma-as. Viver junto em uma relação estável pressupõe planos duradouros, projetos bilaterais que se unificam, obrigações assumidas em não ceder aos impulsos hedonistas. Se queres, a prática de sentimentos descartáveis e a promiscuidade de casos sexuais sem compromisso, não assuma pacto de relacionamento.
Ninguém, tem o direito de magoar ou usar os outros. E, por mais que exista a insatisfação consequente das crises nos relacionamentos duradouros, lembre-se que o seu par abdicou de muitos sonhos em prol da união. Portanto, fale a verdade, no primeiro sinal de fraqueza. Por mais dolorosa que seja, deves esta obrigação a quem assumiu viver ao teu lado.
Do contrário, a mentira além de uma covardia, potencializará o sofrimento causado a quem não merecia tal deslealdade. Colocar-se no lugar do outro não é uma regra inconsequente, trata-se de justiça e honestidade, até consigo mesmo. Pois, mais adiante, acredite, a vida cobrar-te-á com juros tamanha falta de compaixão. Assim, como nunca terás paz, eis que estarás condenado eternamente ao descrédito e à desconfiança.
Então, verás que após o evidente desgaste da fantasia que fizeste abandonar a segurança pela magia fetichista, irá se desvanecer marcando tua história com o remorso dos imorais, cuja mancha permanecerá em teu âmago como uma marca de um destino solitário. Até mesmo, se guardares a sete chaves o teu segredo, o inconsciente te denunciará.
sábado, 23 de fevereiro de 2013
A dor do outro...
Estou na ante-sala do Hospital, sinto uma contraditória sensação de uma dor profunda que me queima o âmago pela compaixão do sofrimento desta mãe que empunha a espada em defesa de seu rebento e, com um certo narcisismo simbólico da cumplicidade. Talvez, pela confiança compartilhada. Embora, minha vontade seja de arrancar os cabelos e gritar essa cólera íntima da revolta.
Não posso me descontrolar, afinal todo o amor que tenho por ela deve servir para não deixá-la sozinha na guerra e resgatar nosso soldado guerrilheiro ferido. Destemido, luta bravamente e se agarra com segurança à esperança da vitória. Caminha se arrastando no fio da navalha, tentando alcançar a vida que lhe cabe. Afinal, um dos compromissos do guerrilheiro é manter-se vivo.
Seguro o nó no peito, não posso explodir e tampouco despencar. Pois, a mãe parece confiar meu testemunho diante da injustiça, não tenho forças, mas quero dar-lhe meu colo e afagar suavemente seus cabelos até que adormeça, despertando quando a guerra acabar.
Não posso me descontrolar, afinal todo o amor que tenho por ela deve servir para não deixá-la sozinha na guerra e resgatar nosso soldado guerrilheiro ferido. Destemido, luta bravamente e se agarra com segurança à esperança da vitória. Caminha se arrastando no fio da navalha, tentando alcançar a vida que lhe cabe. Afinal, um dos compromissos do guerrilheiro é manter-se vivo.
Seguro o nó no peito, não posso explodir e tampouco despencar. Pois, a mãe parece confiar meu testemunho diante da injustiça, não tenho forças, mas quero dar-lhe meu colo e afagar suavemente seus cabelos até que adormeça, despertando quando a guerra acabar.
Contudo, é na dor lancinante e no sofrimento aterrador que vejo admirada a fortaleza dessa leoa Matriarca, lutando sem trégua numa guerra desigual. Envergonhada dos meus pífios sentimentos pela depressão que me levou a conhecê-la, seguro a mão macia e suave da doçura e a extrema sensibilidade da cria artista sentado ao meu lado absorto, diante da peça grega da vida.
Minha cabeça é um turbilhão de amarguras, logo ela, que acalanta meu pranto e cuida do meu rebento. Queria dar-lhe minha vida em troca do seu soldado que padece no leito, já que por várias vezes estive um paço de desertar. Mas, a vida não é justa e, somente resta a minha gratidão e compaixão.
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
Nem sempre o superego está atento...
"... a única coisa da qual se possa ser culpado... é de ter cedido de seu desejo."
Lacan in A ética da psicanálise
Às vezes, o mundo onírico faz mais sentido...
Àquela dor na alma e o sofrimento pulsante esgotava-me ao extremo na vida consciente. Nada mais fazia qualquer sentido. Não tinha vontade própria e a fraqueza das emoções me paralisava na desilusão de uma vida perdida. A realidade das perdas era insuportável a ponto de anular completamente meus desejos.
Outrora, a fome de vida e a implacável alegria estampada pelos risos e gargalhadas me bastavam. Tanto que, não havia necessidade de descanso, lutava constantemente contra o sono, poucas horas eram o suficiente para recarregar as energias em busca da tão almejada felicidade. Um tempo feliz, mesmo trocando planos e projetos. Àquela vida me bastava.
Agora, o mundo pesava em minhas costas cansadas e apenas, no mundo onírico meu inconsciente conseguia lutar contra os inimigos que roubara minha felicidade. Não era fuga e sim, sobrevivência de uma batalha constante para livrar-me do mal súbito a todo instante. Neste mundo dos sonhos, não havia cobranças, nem perdas, havia era a lembrança de tempos alegres num pretérito mais-que-perfeito, sem a interferência nociva do presente maçante e de um futuro incerto. Assim, não bastava-me mais poucas horas, necessitava de muito tempo e dias submersos em um eterno descanso da alma.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
A idade da andropausa...
"O paciente psicótico é assediado pelas idéias sexuais que nos outros são cuidadosamente escondidas, reprimidas ou apenas meio admitidas. O ato sexual, atividades perversas, relações sexuais com a mãe ou com o pai, cobrir de excremento os órgãos genitais, sedução de — ou por — mulher ou marido de amigo ou amiga, fantasias grosseiramente sensuais, inclusive mamar e outras semelhantes, inundam o pensamento consciente do psicótico. Não é de admirar, portanto, que o paciente reaja pela perda do seu equilíbrio interior. A estranha situação interior causa angústia." W. Reich
Não é incomum, que muitos casamentos e relacionamentos estáveis de anos sucumbam quando os homens tornam-se cinquentenários. Relatos de várias mulheres apontam que há uma transformação do comportamento sexual, seja pelas cobranças sexuais, ou por fetiches e parafilias.
Nesta fase da vida, muitos atingiram uma estabilidade financeira, os filhos já estão criados e o que naturalmente traria ao casal uma segurança e tranquilidade, na verdade traz o conflito por uma insegurança erótica desses homens que temem a decadência sexual.
Reclamações relativas a carência afetiva infundadas, como ciúmes e desconfianças, além da mudança de humor e grosserias apontam que o relacionamento já não os satisfazem. Daí para as aventuras extraconjugais é um passo.
Acontece que a insegurança pelo envelhecimento, bem como a angústia relativa ao temor da impotência os fazem buscar novas práticas sexuais pervertidas, desde a fixação pelo coito anal à outras perversões. E, não muito distante há muitas mulheres solitárias, inteiramente prontas para satisfazer tais fantasias, assim como na tentativa de competição em tirá-los do casamento.
Geralmente, são mulheres mais novas em que trarão o resgate da juventude desses cinquentões ou mulheres mais velhas prontas para levantar o ego se fazendo de submissas e totalmente entregue aos fetiches sexuais disponíveis.
Basta que analisemos mais cuidadosamente, que os sinais estão presentes, há uma preocupação maior com a aparência, em ambiente públicos e compromissos sociais esses homens olham com frequência para outras mulheres, flertam e demonstram nitidamente que estão insatisfeitos em estarem acompanhados da esposa.
Começam os telefonemas furtivos, a preocupação demasiada com o celular, desculpas para saídas repentinas, retorno cada vez mais tarde do trabalho e sem a menor paciência com qualquer problema cotidiano de uma vida em comum. O distanciamento é tão evidente, mas as companheiras parecem não enxergar o inevitável. "Meu marido está tendo um caso sério na rua".
As vezes, para se justificar a traição invertem o jogo e se apresentam ciumentos, na intimidade olham de forma diferente para a mulher como se quisessem dizer algo que não conseguem, reclamam demasiadamente de coisas menos importantes, apontam os defeitos e quebram com a auto-estima até da mulher mais perfeita. Até provocar a briga fatídica com pretexto para ir embora.
Então, a separação se dá sem a menor preocupação com a família e em pouco tempo depois, tornam-se indiferentes e estranhos com os filhos, assumindo a nova relação e proporcionando viagens, passeios, festas e compromissos que jamais faziam com a família. Inclusive, se introduzem na família alheia como se sua fosse.
Deixando para trás, uma história com final infeliz...
O conflito interno... Pelo fator externo !
"O neurótico tem a alma de uma criança, que suporta com dificuldade as restrições arbitrárias, cujo sentido ele não reconhece...
Por um lado, ele quer suprimir-se e por outro, libertar-se: a esta luta dá-se o nome de neurose."
G. Jung
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