"O paciente psicótico é assediado pelas idéias sexuais que nos outros são cuidadosamente escondidas, reprimidas ou apenas meio admitidas. O ato sexual, atividades perversas, relações sexuais com a mãe ou com o pai, cobrir de excremento os órgãos genitais, sedução de — ou por — mulher ou marido de amigo ou amiga, fantasias grosseiramente sensuais, inclusive mamar e outras semelhantes, inundam o pensamento consciente do psicótico. Não é de admirar, portanto, que o paciente reaja pela perda do seu equilíbrio interior. A estranha situação interior causa angústia." W. Reich
Não é incomum, que muitos casamentos e relacionamentos estáveis de anos sucumbam quando os homens tornam-se cinquentenários. Relatos de várias mulheres apontam que há uma transformação do comportamento sexual, seja pelas cobranças sexuais, ou por fetiches e parafilias.
Nesta fase da vida, muitos atingiram uma estabilidade financeira, os filhos já estão criados e o que naturalmente traria ao casal uma segurança e tranquilidade, na verdade traz o conflito por uma insegurança erótica desses homens que temem a decadência sexual.
Reclamações relativas a carência afetiva infundadas, como ciúmes e desconfianças, além da mudança de humor e grosserias apontam que o relacionamento já não os satisfazem. Daí para as aventuras extraconjugais é um passo.
Acontece que a insegurança pelo envelhecimento, bem como a angústia relativa ao temor da impotência os fazem buscar novas práticas sexuais pervertidas, desde a fixação pelo coito anal à outras perversões. E, não muito distante há muitas mulheres solitárias, inteiramente prontas para satisfazer tais fantasias, assim como na tentativa de competição em tirá-los do casamento.
Geralmente, são mulheres mais novas em que trarão o resgate da juventude desses cinquentões ou mulheres mais velhas prontas para levantar o ego se fazendo de submissas e totalmente entregue aos fetiches sexuais disponíveis.
Basta que analisemos mais cuidadosamente, que os sinais estão presentes, há uma preocupação maior com a aparência, em ambiente públicos e compromissos sociais esses homens olham com frequência para outras mulheres, flertam e demonstram nitidamente que estão insatisfeitos em estarem acompanhados da esposa.
Começam os telefonemas furtivos, a preocupação demasiada com o celular, desculpas para saídas repentinas, retorno cada vez mais tarde do trabalho e sem a menor paciência com qualquer problema cotidiano de uma vida em comum. O distanciamento é tão evidente, mas as companheiras parecem não enxergar o inevitável. "Meu marido está tendo um caso sério na rua".
As vezes, para se justificar a traição invertem o jogo e se apresentam ciumentos, na intimidade olham de forma diferente para a mulher como se quisessem dizer algo que não conseguem, reclamam demasiadamente de coisas menos importantes, apontam os defeitos e quebram com a auto-estima até da mulher mais perfeita. Até provocar a briga fatídica com pretexto para ir embora.
Então, a separação se dá sem a menor preocupação com a família e em pouco tempo depois, tornam-se indiferentes e estranhos com os filhos, assumindo a nova relação e proporcionando viagens, passeios, festas e compromissos que jamais faziam com a família. Inclusive, se introduzem na família alheia como se sua fosse.
Deixando para trás, uma história com final infeliz...
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