Após, mais de um ano sofrendo intensamente a separação de uma relação duradoura, Carolina se permite uma nova relação. Mas, espantosamente, o ex-marido que havia lhe abandonado para viver uma paixão clandestina, agora comporta-se possessivo e viscoso diante do relacionamento da ex-mulher.
Em discussão acalorada, por cobranças absurdas e impertinentes, Clóvis, demonstra através de sentimento contraditório, seu incômodo latente pelo ciúme.
- Esperei sua volta por mais de um ano. Esqueceu que foi você que me abandonou ? Agora, está com ciúme. Ressaltou Carolina.
- Esperou nada, você nunca quis a minha volta ! Rebateu Clóvis.
Com a falência conjugal, Carolina viveu seu luto na mais completa solidão. Amargou na depressão a baixa-estima oriunda do abandono e sofreu a dor da perda do homem amado. Já Clóvis, emendou uma nova união sem intervalo de luto. Até porque, não amava a ex-mulher há tempos.
Acontece que, é notória a ausência de identidade afetiva de Clóvis, cuja imagem é refletida de forma invertida no espelho. E, assim, transfere para Carolina os seus sentimentos ocultos da insegurança, da desconfiança e da deslealdade.
Contudo, restou demonstrado a impossibilidade de Clóvis em amar e, obviamente se sentir correspondido. Mas, por que almeja esse amor de Carolina, se não foi capaz de dar garantias de seus sentimentos ?
O ciúme desse ex-marido está ligado à posse, num delírio psicótico, como se a ex-mulher fosse seu objeto de desejo. Revelando sua intenção de féri-la e puni-la.
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