"Quando a mulher retoma sua dignidade e rejeita a prostituição velada do casamento, sua função perde o sentido"
Carolina por muitas vezes, para evitar cobranças ou ter enfrentar o mau humor de Carlos pela manhã, cedia ao sexo forçado como se fosse apenas um objeto. Assim, como tantas mulheres confessam, por temerem que seus maridos busquem em outras o sexo negado daquela noite.
Não obstante, Carlos tinha aquela cobrança implacável como exigia desejo e performance no ato. Sempre acusando-a de traição para conseguir a todo custo seu escape de homem primário. Eis que, não havia a menor preocupação com o romantismo ou preocupação com o estado da mulher.
A mulher casada é vista como propriedade privada pelo marido, cuja principal função se designa a manter a herança genética, através da maternidade. E, satisfazer as necessidades sexuais do marido como um depósito de esperma na demarcação do território. Tanto, que muitos maridos se recusam a usar preservativos com a esposa e se ofendem ao serem cobrados pelo método, seja como anticonceptivo ou por proteção contra DST. Muito embora, tenham casos extraconjugais expondo a mulher ao risco.
Carlos fazia parte dessa estatística, tinha amantes e mantinha uma vida promíscua, exigindo de Carolina que não usasse tal medida de proteção. Sempre com a mesma desculpa de que ela é quem o traia, bem como sustentava suas mentiras invertendo o jogo. Não bastou, para que a mulher aumentasse sua auto-estima, recuperasse dua dignidade de pessoa para que não tivesse mais serventia. Assim, o casamento acabou.
Então, a questão sexual para o homem ainda é uma manifestação de dominação e não é à-toa o chiste comum da "dor-de-cabeça" direcionado à mulher.
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