Por mais que esteja fadado ao fracasso, o casamento ainda é almejado e a família insiste em existir. Nem que seja por prazo determinado. A sociedade e o Estado cobram uma formalização de compromisso diante dos relacionamentos, quer no casamento ou na união estável, para cumprir a função social da formação familiar.
Mulheres se casam e passam a apresentar neuroses e psicoses diante da farsa que é a vida conjugal. Na verdade a mulher casada é um objeto ao dispor do marido. Pois, bem aponta a filósofa parisiense Simone de Beauvoir, em sua magnânima obra O Segundo Sexo. Expressando perfeitamente essa prostituição velada do casamento.
A mulher casada é subordinada aos desejos do marido, servindo ao seu dono.
"...ela tem também por função satisfazer as necessidades sexuais de um homem e tomar conta do lar. O encargo que lhe impõe a sociedade é considerado como um serviço prestado ao esposo: em conseqüência deve ele à esposa presentes...
o ato de amor é, da parte da mulher, um serviço que presta ao homem; ele toma seu prazer e deve em troca alguma compensação. O corpo da mulher é um objeto que se compra; para ela, representa um capital que ela se acha autorizada a explorar...
... o ato sexual é considerado um serviço imposto à mulher e no qual assentam as vantagens que lhe são concedidas, é lógico que não se dê importância a suas preferências singulares. O casamento é destinado a defendê-la contra a liberdade do homem: mas como não há nem amor nem individualidade fora da liberdade, a fim de se assegurar para sempre a proteção de um macho, ela deve renunciar ao amor de um indivíduo singular."
... o ato sexual é considerado um serviço imposto à mulher e no qual assentam as vantagens que lhe são concedidas, é lógico que não se dê importância a suas preferências singulares. O casamento é destinado a defendê-la contra a liberdade do homem: mas como não há nem amor nem individualidade fora da liberdade, a fim de se assegurar para sempre a proteção de um macho, ela deve renunciar ao amor de um indivíduo singular."
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