"Nunca a sexualidade foi tão livre e nunca a ciência progrediu tanto na exploração do corpo e do cérebro. E, entretanto, nunca o sofrimento psíquico foi tão vivo: solidão, ingestão de psicotrópicos, tédio, cansaço, dieta, obesidade, medicalização de cada minuto da vida. (...) Quanto tempo? Quantos parceiros em uma vida, uma semana, um único dia, um minuto? Nunca a psicologia do condicionamento e da alienação sexológica ou promíscua foi tão insinuante quanto hoje. A ponto de assistirmos agora a uma amplificação de todas as queixas. Pois, quanto mais se prometem a felicidade e o ideal de segurança, mais persiste a infelicidade, mais aumenta o risco e mais as vítimas das promessas não cumpridas revoltam-se contra aqueles mesmos que os traíram."
Não há mais a valorização do diálogo, da união genuína, da família e do companheirismo. A desconfiança tomou conta dos relacionamentos, devido a corrida sistemática do sexo corriqueiro e promíscuo. As crises normais dos relacionamentos que serviam para valorizar a união e fortalecer o amor, agora, são motivos para as separações.
Não há mais cumplicidade e, somente o egoismo de viver apenas o que é efêmero. Homens buscam no sexo todas as suas frustrações e inseguranças, numa cobrança torturante de assiduidade sem se preocupar com os sentimentos de suas parceiras.
Insatisfeitos com sua insegurança, vivem criando fantasias e amortecendo sua ansiedade na infidelidade. Por isso, desconfiam das parceiras estáveis para justificar sua incompetência em lidar com a verdade. Como a mentira é sua fonte de defesa, abandonam a família em busca das aventuras sexuais pervertidas recepcionadas por outras solitárias desesperadas pela segurança.
Entretanto, como tudo que é impulsivo traz novamente o descontentamento e a insatisfação, o ciclo se repente. Mas, com isso feriu suas vítimas e perdeu a família criando rancores e sofrimentos.
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