"As 'agulhadas', as indiretas e as observações depreciativas e inoportunas próprias da inveja existem de modo muito intenso entre irmãos (eternos rivais), entre marido e mulher, assim como em todas as outras relações sociais e profissionais.
É praticamente impossível uma pessoa se destacar por virtudes ou competências especiais sem ser objeto da enorme carga negativa derivada da hostilidade invejosa.
O mais grave é que não fomos educados para isso, de modo que nos surpreendemos e ficamos chocados ao observarmos esse resultado. A decepção é tal que muitos se desequilibram quando atingem algum tipo de destaque, condição na qual são levados a um estado de solidão – o oposto do que pretendiam.
Uns se drogam e outros tratam de destruir rapidamente o que construíram, de modo a deixarem de ser objeto de inveja.
Tudo isso é, além de triste, inevitável, ao menos no estágio atual do nosso desenvolvimento emocional. Poderíamos ser ao menos alertados por uma educação mais sincera e sem ilusões. Toda ilusão trará uma desilusão!
A maior parte das pessoas jamais imaginou, por exemplo, o volume de problemas e de decepções por que passam as moças mais belas, especialmente quando isso se associa a uma inteligência sofisticada e a uma formação moral requintada.
São portadoras daquelas virtudes que mais aparecem e encantam a todos. São, por isso mesmo, objeto de uma hostilidade inesperada e enorme. Ficam totalmente encurraladas e quase nunca sabem como sair da situação a não ser destruindo algumas de suas propriedades."
No início tudo daquilo que ele admirava em mim era explicitado com elogios e o fizera se interessar por mim. Minha simpatia, ingenuidade, irreverência e intensidade nos sentimentos, além da beleza jovial. Depois, que nos casamos tais elogios se transformaram em críticas maldosas.
Minha sensualidade e vaidade feminina, na maneira de me vestir, já não era mais uma qualidade, passou a incomodá-lo. Minha sinceridade e cumplicidade, eram mal interpretadas.
Minha sensualidade e vaidade feminina, na maneira de me vestir, já não era mais uma qualidade, passou a incomodá-lo. Minha sinceridade e cumplicidade, eram mal interpretadas.
Quanto mais eu desenvolvia meu intelecto, mas ele me hostilizava. Como sempre gerava admiração alheia e chamava atenção passei a ser a sua vítima de assédio moral.
Ele sempre me depreciava com comentários ácidos em público, quando se sentia inseguro e lançava olhares para as mulheres me castigando pelas minhas virtudes.
Então, fui me entristecendo por não ser mais admirada por ele, me enclausurando em minha angústia solitária. Enquanto ele, resolvia sua ansiedade em outros corpos, já que eu me sentia indesejada e negava-lhe meu corpo.
Abriu-se uma lacuna tão dolorosa por tantas críticas que passei a perder minhas virtudes, mergulhando assim, numa baixa auto-estima de adoecer. Então, busquei nos bares e na bebida uma forma de escapar das cobranças agonizantes.
O álcool me aliviava as tensões e os bêbados dos bares que fiz amizades eram meus iguais. Pois, buscavam também a magia entorpecedora da bebida para afugentar os seus fracassos ou cobranças que lhes eram penosas demais para suportar.
Até que uma outra mulher que me invejava soube se sobrepor diante da minha ausência, se adequar aos anseios dele confidenciados à ela e levou-o embora. Mesmo, nunca o tendo traído levei a culpa, sendo inocente. Eis que, eu não o servia mais e agora, ela sim.
Abriu-se uma lacuna tão dolorosa por tantas críticas que passei a perder minhas virtudes, mergulhando assim, numa baixa auto-estima de adoecer. Então, busquei nos bares e na bebida uma forma de escapar das cobranças agonizantes.
O álcool me aliviava as tensões e os bêbados dos bares que fiz amizades eram meus iguais. Pois, buscavam também a magia entorpecedora da bebida para afugentar os seus fracassos ou cobranças que lhes eram penosas demais para suportar.
Até que uma outra mulher que me invejava soube se sobrepor diante da minha ausência, se adequar aos anseios dele confidenciados à ela e levou-o embora. Mesmo, nunca o tendo traído levei a culpa, sendo inocente. Eis que, eu não o servia mais e agora, ela sim.
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