"Os termos masculino e feminino são usados simetricamente apenas como uma questão de formalidade. Na realidade, a relação dos dois sexos não é bem como a de dois pólos elétricos, pois o homem representa tanto o positivo e o neutro, como é indicado pelo uso comum de homem para designar seres humanos em geral; enquanto que a mulher aparece somente como o negativo, definido por critérios de limitação, sem reciprocidade. ... Está subentendido que o fato de ser um homem não é uma peculiaridade. Um homem está em seu direito sendo um homem, é a mulher que está errada." Simone de Beauvoir in "O segundo sexo"
Mulheres por uma questão de subserviência e complexo de inferioridade acabam se transformando em rivais na conquista amorosa. Enquanto que os Homens em seu narcisismo fomentam tal rivalidade. Pois, quando a Mulher se impõe repudiando esse lugar subalterno, o Homem se descontrola por não conseguir dominá-la e, então declara uma verdadeira guerra nos meandros da relação.
Não foi diferente com Ana, quando se posicionou em seu relacionamento exercendo livremente suas posições e repudiando controle de poder. Entretanto, como seu parceiro não conseguiu viver uma relação de igualdade acabou sucumbindo ao subterfúgio da traição, utilizando a poderosa arma da deslealdade.
Sentindo-se inferiorizado pela impossibilidade de domínio da parceira, optou por outra mulher padronizada à subordinação, principalmente como aliada da guerra subterrânea para afastar qualquer ameaça de reconciliação com a ex-parceira.
Todas as mentiras plantadas e engendradas pela nova parceira, buscam desqualificar Ana, quando na verdade quem é alvo da desavença e desmerece confiança é o próprio parceiro. Já que, sempre que se sente ameaçado corre para outras mulheres.
Habituado a não se sentir apto para ser amado, insiste mesmo depois de toda crueldade emocional desferida à sua ex-parceira, a magoá-la e maltratá-la. Demonstrando assim, seu recalque e insatisfação diante da falsa subserviência da nova parceira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário