Síndrome de Burnout, trata-se de esgotamento profissional, considerado um distúrbio psíquico. Caracteriza-se principalmente pelo estado de tensão emocional e estresse crônicos decorrentes das condições desgastantes de trabalho, sejam físicas, emocionais e psicológicas.
Assim, como a predominância se manifesta em profissões que exigem envolvimento interpessoal direto, tais como: profissionais das áreas de educação, saúde, assistência social, recursos humanos, agentes penitenciários, bombeiros, policiais; torna-se mais intenso o transtorno em mulheres que enfrentam dupla jornada.
Os principais sintomas do Quadro Clínico da Síndrome de Burnout, são:
1. Esgotamento emocional, com diminuição e perda de recursos emocionais;
2. Despersonalização ou desumanização, que consiste no desenvolvimento de atitudes negativas, de insensibilidade ou de cinismo para com outras pessoas no trabalho ou no serviço prestado;
3. Sintomas físicos de estresse, tais como cansaço e mal estar geral;
4. Manifestações emocionais do tipo: falta de realização pessoal, tendências a avaliar o próprio trabalho de forma negativa, vivências de insuficiência profissional, sentimentos de vazio, esgotamento, fracasso, impotência, baixa autoestima;
5. É freqüente irritabilidade, inquietude, dificuldade para a concentração, baixa tolerância à frustração, comportamento paranóides e/ou agressivos para com os clientes, companheiros e para com a própria família;
6. Manifestações físicas: Como qualquer tipo de estresse, a Síndrome de Burnout pode resultar em Transtornos Psicossomáticos. Estes, normalmente se referem à fadiga crônica, freqüentes dores de cabeça, problemas com o sono, úlceras digestivas, hipertensão arterial, taquiarritmias, e outras desordens gastrintestinais, perda de peso, dores musculares e de coluna, alergias, etc;
7. Manifestações comportamentais: probabilidade de condutas aditivas e evitativas, consumo aumentado de café, álcool, fármacos e drogas ilegais, absenteísmo, baixo rendimento pessoal, distanciamento afetivo dos clientes e companheiros como forma de proteção do ego, aborrecimento constante, atitude cínica, impaciência e irritabilidade, sentimento de onipotência, desorientação, incapacidade de concentração, sentimentos depressivos, freqüentes conflitos interpessoais no ambiente de trabalho e dentro da própria família;
São quatro as principais fases de manifestação do trastorno:
1ª - Falta de vontade, animo ou prazer de ir a trabalhar. Dores nas costas, pescoço e coluna;
2ª - Começa a deteriorar o relacionamento com outros. Pode haver uma sensação de perseguição, aumenta o absenteísmo e a rotatividade de empregos;
3ª - Diminuição notável da capacidade ocupacional. Podem começar a aparecer doenças psicossomáticas, como: alergias, psoríase picos de hipertensão, dentre outras. Inicia-se a auto-medicação, e também um aumento da ingestão alcoólica;
4ª - Esta etapa caracteriza-se pelo alcoolismo, drogas, ideias ou tentativas de suicídio, bem como o surgimento de enfermidades mais graves, desde neoplasia (câncer) até a acidentes cardiovasculares (AVC).
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