"O que importa quantos amores você tem se nenhum deles te dá o universo ?" Lacan
Há sempre um vazio a ser preenchido que nunca se preenche. Nada nos basta e jamais nos bastará. Mas, há quem perceba que o amor nada mais é do que se doar, sentir o vazio do Outro e tentar preenchê-lo.
Quando tomamos conhecimento que não precisamos acorrentar o Outro, pois libertá-lo é uma forma de aprisioná-lo. Estaremos livres do medo da solidão.
Relacionamentos são descartáveis pelo afã do prazer da paixão, no mínimo sinal de vazio que vem do âmago procuramos Outro alguém na esperança de completude que não virá.
Pessoas são expostas como mercadoria como se pudessem atender nossas ansiedades de prazer e, nesse balé do acasalamento que por ora, nos ilude ao fetiche da paixão somos impulsionados a descartar e trocar de parceiros. Sem ao menos perceber o quão é impossível nos bastar com àquela nova mercadoria que também se desgastará, vivenciamos cada vez mais o vácuo da existência.
E, o amor aonde fica ? O amor esse enigma nunca decifrável está em nossos sentimentos de entender o limite dos Outros em nós mesmos. Sentir o regojizo em um sorriso, a alegria compartilhada em um sonho acalçado, a satisfação num simples código de troca de olhares e de querer sentir em si a felicidade do Outro.
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