"Que nada nos sujeite.
Que a liberdade seja a nossa própria substância"
Simone de Beauvoir

Àquele que se dizia companheiro, me chicoteava com palavras rudes e cobranças de falsa atenção. Para amar é preciso ser livre, sem amarras ou correntes. Mas, meu algoz me torturava num êxtase de prazer cruel que só ele se satisfazia, enquanto eu vagava no vácuo da existência ávida de amor.
A solidão me obrigara caminhar no fio cortante da navalha, me fazendo sangrar a cada dia. E, assim, fui seguindo quando o próprio vampiro me empurrara do penhasco num gesto perverso me jogando a liberdade. Mas, que liberdade amarga que só me fez jorrar lágrimas de sangue num âmago vazio e faminto de emoção.
Assim, é a dor que quando passa estamos tão acostumados à ela, que o alívio nos causa o sofrimento da falta. Mesmo, que por àqueles que durante tempos nos feriu. (Claudine Garcy)
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