Não tinha vontade de voltar pra casa, depois das palestras que sublimava a angústia da falta de Henrique. Tinha sido um final de semana exaustivo capaz de preencher o vazio que ele me deixara. Entrei no metrô, apática, mas ao mesmo tempo ansiosa para encontrá-lo.
Enfiei a chave na porta e adentrei num suspiro só, havia apenas dois dias sem vê-lo o que me parecia uma eternidade. Ao reencontrá-lo meu coração disparava de alegria, apesar sua recepção morna.
Almoçamos um delicioso peixe assado, pois Henrique sempre preparava com gosto todas as refeições. O tempo passou num piscar de olhos e tão longo chegou a hora de sua partida. Embora, pareceu-me com vontade de ficar, mas foi somente uma fantasia criada pelo desejo de tê-lo novamente comigo.
A saudade é tão grande que não troquei a roupa de cama para poder sentir o pouco do seu cheiro e sonhar. Pois, ao menos nos meus devaneios oníricos Henrique permanecia ao meu lado. (Claudine Garcy)
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