"- Depois que fiz trinta anos, notei que entro nos restaurantes e ninguém pára de comer para me olhar. Estou arrasada.
... a recomendação de Freud para o analista ser compreensivo com uma mulher bonita e não se reprimir ou castigá-la apenas porque é bonita.
... a mulher muito bonita costuma ser tão festejada e gratificada pela beleza que deixa de se esforçar. Sua segurança e sucesso são apenas superficiais e, quando a beleza acaba, ela sente que tem pouco a dar: não aprimorou a arte de ser uma pessoa interessante nem outra arte, de se interessar pelos outros.
- Schopenhauer disse que as mulheres muito atraentes, assim como os homens muito inteligentes, estão destinados a viver isolados. E que os outros ficam cegos de inveja e de raiva da pessoa superior. Por isso, esses dois tipos nunca têm amigos íntimos do mesmo sexo." (Irvin Yalom, in A Cura de Schopenhauer p. 134/135)
A beleza de Sophia encantava à todos, homens e mulheres admiravam aquela presença estética, embora fosse vítima da inveja e da discórdia alheia pelo simples fato de se destacar fulgurantemente entre os mortais, mesmo estando com quarenta anos.
Enquanto a força da idade marcava à todos pelos desgastes do tempo, Sophia mantinha-se soberana em sua beleza, cujo preço foi alto à pagar. Pois, foi mal sucedida em seu casamento.
E, por falar em estética, pensou Sophia:
"Não se iluda, a beleza não traz felicidade.
A beleza é efêmera, volátil como o perfume.
Invejada, está fadada a incompreensão.
Entre a bela e a fera os machos apreciam as belas, mas por insegurança preferem as feras.
Assim, as belas são julgadas e condenadas à solidão.
Mas, na música, na arte, a beleza tem seu grande segredo.
Trazer a emoção que faz suportar as dores e mazelas do mundo." (Claudine Garcy)
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