"... nada do que disseste aqui é verdadeiro, Pode ser que a minha verdade seja para ti mentira, Pode ser, sim, a dúvida é o privilégio de quem viveu muito, será por isso que não conseguiste convencer-me a aceitar como certezas o que para mim mais se parece a falsidades.
Não o farias por mim, não me amas, perguntou ela, entreguei-te o meu corpo para que o gozasses sem conta, nem peso, nem medida, para que desfrutasses dele sem regras nem proibições, abrir-te as portas do meu espírito antes trancadas, e recusas-te a fazer algo que te peço e que nos traria a liberdade plena, Liberdade, sim, e remorso também." (Saramago, in Caim)
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